Na sua estreia na mais mítica prova motorizada do mundo, a dupla alenquerense Mario Franco e Rui Franco, a bordo de um protótipo ligeiro da Yamaha, conseguiu um 12º lugar a um minuto e 22 segundos de Seth Quintero e Denniz Zens, a dupla que lidera a categoria T3 deste Dakar.
Em conversa com a Rádio Voz de Alenquer, o piloto, Mário Franco, destacou a emoção e orgulho que sentiram ao subir ao pódio de partida e as cautelas que tiveram para que não existissem falhas mecânicas ou de navegação neste primeiro dia.
Os 409 veículos que alinharam à partida deste Dakar depararam-se com um traçado inédito Depois de saírem de Jeddah em direção ao mar vermelho para uma ligação em direção ao Norte da Arábia Saudita, foi na região de Medina que se abriram as hostilidades. O prólogo inaugural, com apenas 19 quilómetros cronometrados, deixou claro o que ai vem ao longo das duas próximas semanas:
Pistas de areia e muitas dunas, numa especial toda corrida em areia e na qual os pilotos tiveram de subir e descer dunas, com a etapa a terminar a 400 metros de altitude.
Nas motas, Daniel Sanders (Gaz Gaz) completou os 19 quilómetros do prólogo entre Jeddah e Há’il com um minuto de vantagem sobre o chileno Pablo Quintanilla (Honda), segundo classificado, e 1m55s face ao piloto do Botswana Ross Branch (Yamaha), terceiro. O argentino Kevin Benavides (KTM) foi quarto, a dois minutos do vencedor, numa etapa com quatro construtores distribuídos pelos quatro primeiros lugares.
Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi o melhor dos portugueses nas motoas, ao terminar na 11.ª posição, a 3m05s do australiano. Rui Gonçalves (Sherco) foi 22.º, a 7m00s, António Maio (Franco) 30.º, a 10m45s, Mário Patrão (Credit Agricola) 56.º, a 17m15s, Alexandre Azinhais (Club Aventura) 86.º, a 25m30s, Arcélio Couto (Bianchi Prata) 97.º, a 27m50s, e Pedro Bianchi Prata (Bianchi Prata) 113.º, a 31m20s.
Na classe dos automóveis, Nasser Al-Attiyah, a volante de um Toyota, confirmou o favoritismo, ao despender 10m56s para completar o prólogo, batendo o espanhol Carlos Sainz, aos comandos de um Audi eléctrico, por apenas 12 segundos. O sul-africano Brian Baragwanath (Century Racing) surpreendeu, ao fechar os lugares do pódio, a 36 segundos do vencedor, com o mesmo tempo do quarto, o compatriota Henk Lategan (Toyota).
Filipe Palmeiro, navegador do lituano Benediktas Vanagas (Toyota), foi o melhor português do dia, ao terminar na 22.ª posição, a 1m31s do líder, enquanto Paulo Fiúza, navegador de Vaidotas Zala (Teltonika), terminou em 26.º, a 2m13s. O piloto Miguel Barbosa (Overdrive), que nesta edição regressou à mais emblemática prova de todo-o-terreno do planeta, foi 84.º, a 24m41s, depois de se ter deparqado com alguns problemas mecânicos.
Nos camiões, a Kamaz mantém o domínio absoluto dos últimos anos nos camiões: Os quatro primeiros lugares da classificação são ocupados pela marca Russa. Eduard Nikolaev concluiu os 19 km em 13min01s e terminou na dianteira.
Dmitry Sotnikov foi o segundo, Andrey Karginov terceiro e Anton Shibalov ficou em quarto a apenas 24 segundos do companheiro de equipa.
O Português José Martins, que faz equipa com os Franceses Belivier e Gimbre, da formação TEAM BOUCOU, conseguiu a 28ª posição no prólogo a 5 minutos e 50 segundos do líder da categoria.
Nos SSV, os irmãos Gozcal, dominaram o dia ao conseguirem a primeira e segunda posição do prólogo. Os melhores portugueses nesta categoria foi a dupla de Luis Morais e David Megre, que conseguiu a 8ª posição a 1 minto e 9 segundos dos vencedores da categoria.
Este domingo, corre-se a segunda etapa da corrida, com partida de chegada à cidade de Há’il, numa especial de 333 quilómetros.
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Foto de Destaque: A.S.O./F.Gooden/DPPI
