No concelho, o cenário político mudou bastante, comparativamente às eleições do ano passado. O Chega, segunda força política nas Legislativas de 2024, foi a força política mais votada este ano, com 28,11% dos votos.
Na emissão especial que a Voz de Alenquer realizou para acompanhar o resultado das eleições, ouvimos os partidos do concelho com assento na Assembleia Municipal, que reagiram aos resultados da ida às urnas do passado domingo.
Carlos Sequeira, presidente da concelhia do CHEGA, destacou o crescimento do partido como um sinal de que estão “num bom caminho”. Agradecendo o apoio dos militantes e simpatizantes, Sequeira sublinhou que os resultados são fruto do empenho demonstrado durante a campanha em Alenquer, mas especialmente à escala nacional. “Crescemos, e é isso que queremos: crescer”, afirmou, manifestando confiança de que o Chega será “o futuro, não só no concelho, mas no país”. Sobre a candidatura do partido às Eleições Autárquicas de Alenquer, Carlos Sequeira disse que “já há candidato para Alenquer”, depois da desistência de Fátima Vieira por motivos de doença, mas que o nome será anunciado mais tarde.
Cristina Inácio, presidente da concelhia do PSD em Alenquer, mostrou-se satisfeita com os resultados, realçando a subida de mais de 11% em comparação com o ano anterior e o facto de a AD se ter tornado a segunda força política em Alenquer. Cristina Inácio deu ainda os parabéns ao CHEGA , partido mais votado no concelho, e garantiu que o trabalho continuará: “Amanhã começamos a trabalhar com o gabinete autárquico que já está montado, para trabalhar rumo às autárquicas.”
João Nicolau, presidente da concelhia do Partido Socialista, admitiu tratar-se de “uma noite difícil” para o PS, tanto a nível nacional como local. Embora tenha destacado a vitória em cinco freguesias, fazendo do PS o partido com mais freguesias vencidas no concelho, reconheceu que o terceiro lugar no resultado global do município “não nos favorece” e “é desconfortável”.
José Machado, do Bloco de Esquerda, considera que os resultados no concelho acompanharam a tendência nacional, embora com uma quebra menos acentuada. “É uma situação nova e um pouco inesperada”, admitiu, sublinhando que o partido irá refletir sobre os resultados e continuar a trabalhar para fazer passar a sua mensagem nos próximos tempos.
A nível local, a CDU não prestou declarações no âmbito destas Eleições Legislativas.
Em termos gerais, o CHEGA foi o vencedor das eleições no concelho de Alenquer, com 28,11% dos votos e mais de 7 mil votos, uma subida acentuada em comparação com as eleições do ano passado, onde foi o segundo classificado.
A coligação da AD (que junta PSD e CDS-PP) também subiu do terceiro para o segundo lugar, com um ligeiro aumento dos votos (24,67% dos eleitores). As duas subidas dos partidos na liderança empurraram o Partido Socialista para o terceiro lugar, com uma descida de quase 1.500 votos, terminando a noite com a preferência de 23,69% dos eleitores.
No que diz respeito às freguesias de Alenquer, apesar da derrota, o Partido Socialista venceu em cinco freguesias e UF (Vila Verdes dos Francos, Olhalvo, Abrigada e Cabanas de Torres, Meca e Ventosa) e o CHEGA conquistou quatro freguesias e UF, (União de Freguesias de Alenquer, União de Freguesias de Carregado e Cadafais, Ribafria e Pereiro de Palhacana e Ota). A coligação da AD venceu em Carnota e na União das Freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha.
Pode conhecer os resultados completos do concelho de Alenquer aqui.
