TODOS apresentou candidatos às Autárquicas 2025 

A coligação TODOS (PSD/CDS-PP/IL/PPM/MPT/Nós, Cidadãos!) apresentou na noite desta sexta-feira, dia 18 de julho, as listas às freguesias, câmara e assembleia, em Alenquer, para as eleições de 12 de outubro. O evento aconteceu na sede de campanha que foi também inaugurada com casa cheia.

O evento aconteceu no exterior, numa noite fresca de verão. Pouco depois das 22 horas, hora marcada para o início da apresentação, começou a sessão que deu a conhecer os candidatos às juntas, à câmara e à assembleia. Nem todos os cabeças de lista às juntas marcaram presença, uma vez que alguns estão de férias, e também não foi anunciado o candidato à freguesia de Ota porque “apesar de a lista existir, entendeu não revelar o nome hoje”. Ainda sobre as freguesias, a coligação TODOS não apresenta candidato a Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha porque vai apoiar a lista independente liderada pelo atual presidente, Luís Cipriano.  

A equipa que acompanha Francisco Guerra à Câmara Municipal de Alenquer tem em segundo lugar o historiador Filipe Rogeiro. Em terceiro está o nome de Mariana Costa Gomes e em quarto o da social democrata Ana Neves. Seguem-se o de Joaquim Cardoso, Regis e Paulo Mimoso.

Na apresentação da lista à Assembleia Municipal, foram anunciados nomes que são conhecidos de todos. Barros Mendes, histórico do CDS, regressa à política e lidera a equipa da assembleia. Segue-se Joaquina Lourenço e em terceiro regressa também João Bernardo Galvão Telles. Em quarto está o líder da Iniciativa Liberal em Alenquer, Bruno Santos e em quinto surge o nome de João Arsénio, antigo deputado do CHEGA na Assembleia Municipal de Alenquer que, depois de se afastar do partido, ocupa agora o lugar de deputado independente. 

Eduarda Tralha: “esta não é a candidatura de Francisco Guerra mas de todos os que acreditam no concelho de Alenquer”

Os discursos começaram com as palavras de Eduarda Tralha, mandatária da campanha liderada por Francisco Guerra. A médica que conheceu e conviveu com o pai do candidato, com quem dividia profissão, considerou que as próximas eleições autárquicas são “uma etapa decisiva na história de Alenquer”.  

Recordou que o candidato é “um filho da terra” e que “nunca perdeu o contacto com as suas raízes”. Falou da infância do candidato e da sua preocupação com o próximo.  Diz que Guerra “defende com convicção a transformação de um concelho mais desenvolvido do ponto de vista social, cultural e humanístico”.  Eduarda Tralha afirmou que foi com “orgulho” que aceitou o convite para ser mandatária da campanha e e terminou o discurso dizendo que “esta não é a candidatura de Francisco Guerra mas de todos os que acreditam no concelho de Alenquer”. 

André Abrantes Amaral: “as autarquias são as entidades públicas mais próxima da população” 

Os discursos dos partidos representados, e que fazem parte da coligação, começaram com as palavras do dirigente nacional da Iniciativa Liberal, André Abrantes Amaral. Começou por recordar que atravessamos “uma crise no ceio das comunidades” e que “um dos desafios é saber como ultrapassar este impasse que inquieta”. Recordou que “as eleições são uma oportunidade” para essa mudança, que “as autarquias são as entidades públicas mais próximas da população” e que essa aproximação é feita através da “confiança”. André Abrantes Amaral terminou a sua intervenção com ideia de que “todos juntos vamos marcar presença e fazer a diferença em Alenquer”. 

Paulo Núncio: “esta terra precisa do Guerra”

Em representação do CDS estava presente o deputado da Assembleia da República Paulo Núncio. No início da sua intervenção deixou uma ideia clara: “estamos por um único motivo: levar esta coligação a uma grande vitória nas próximas eleições” e deixou ainda um desejo: “em outubro estaremos cá para celebrar a vitória de Francisco Guerra a presidente da Câmara Municipal de Alenquer”. Recordou a vitória nas eleições legislativas (a nível nacional) e disse que o objetivo é que o mesmo aconteça em outubro nas eleições autárquicas. Falou ainda da governação, e deixou uma ideia de Adelino Amaro da Costa que dizia que “as autarquias estão para os partidos de direita como os sindicatos estão para os partidos de esquerda”. Paulo Núncio falou ainda da coligação e diz acreditar que “quando nos juntamos [referência aos partidos da coligação] somos mais fortes e mais eficientes e temos mais condições para derrotar a esquerda e o PS”, não esquecendo a participação dos independentes que considerou “muito importante”. Falando de Alenquer disse que “50 anos de socialistas é demais” terminando o discurso com uma frase que foi repetida durante a noite “esta terra precisa do Guerra”. 

Leitão Amaro: “Com o Francisco é com todos!” 

António Leitão Amaro marcou presença em representação do PSD. O também Ministro da Presidência, começou por dizer que conheceu Francisco Guerra com quem trabalhou durante algum tempo no governo. Fez grandes elogios ao candidato, dizendo que “é bom naquilo que faz” e que “ficou triste” quando Guerra lhe disse que ia deixar as funções para se dedicar à candidatura à Câmara Municipal de Alenquer. “Francisco disse que não queria trabalhar mais connosco porque tinha um amor maior. O Francisco tem um grande coração, é bom ver alguém à frente de um município e encontrarmos um sorriso, uma pessoa empática, disponível para ouvir. O Francisco é capaz de amar porque tem um bom coração”. O ministro partilhou ainda que após ouvir “um zum zum” de que Francisco poderia ser candidato nas autárquicas, falou com ele. “Ele disse-me que não queria ser o candidato do PSD, mas de um conjunto de independentes, disse que só juntando todos é que se candidatava a presidente da Câmara de Alenquer. Não quis ter um projeto de glória de um partido, disse sempre que queria juntar todos”, recordou Leitão Amaro. O discurso continuou com uma mensagem dirigida às pessoas que possam ter medo de uma mudança. “De certeza que os socialistas que vão perder o poder querem meter medo na população, aos clubes, às entidades, querem meter medo do que pode acontecer se o PSD ganhar. A independência do Francisco Guerra é o suficiente para dizer a essas pessoas que é com o Francisco que vai haver um presidente para todos. É assim desde o princípio. Com o Francisco é com todos!”.

Luís Barros Mendes: “desta vez é para ganhar”

No seu discurso, Barros Mendes recordou que “não é novidade” para si a posição uma vez que já esteve na assembleia “várias vezes sempre em coligação”. Mas diz que a responsabilidade agora “é muito maior porque desta vezes é para ganhar. Não entramos para ser oposição, entramos porque queremos tomar conta dos destinos do concelho de Alenquer”. Continuou com referências ao atual poder: “chega de uma autarquia liderada por socialistas, queremos mudar o destino de Alenquer”. Deixou ainda algumas palavras para a equipa que o acompanha comprometendo-se em trazer “trabalho, dedicação e profissionalismo”

Deixou também uma mensagem aos eleitores, sobretudo aos jovens, afirmando que o trabalho desenvolvido pretende que estes “tenha a possibilidade de realizar o seu sonho de vida de criar uma família, ter uma habitação e um posto de trabalho digno para olhar para o futuro de forma otimista” acreditando que “as  autarquias têm um papel fundamental” nesse papel. 

Por fim deixou uma mensagem a Francisco Guerra: “na assembleia pode contar com uma equipa coesa e leal à prova de bala”.  

Francisco Guerra: “temos de ter seguramente 10 vezes mais coragem do que eles [PS]”

Depois dos agradecimento, o candidato que lidera a coligação TODOS começou por fazer uma referência ao ataque que a coligação sofreu esta semana na sede de campanha agradecendo “a todos os que ajudaram para estarmos aqui hoje a esta hora”.  “Amigos, não há outra forma de o dizer. Ao fim de 50 anos merecemos todos uma mudança histórica. Estes 50 anos não resultaram em progresso”. De seguida elenco alguns aspetos que considera negativos. Começou pelo Auditório Damião de Góis “o único equipamento cultural no concelho” que continua “sem licença de recinto de espetáculos”. Passou depois para o  Mercado Municipal que, e citando Francisco Guerra, “só não mete água porque estamos no verão”. O candidato criticou ainda a falta de planeamento no que diz respeito às estradas, à educação e à saúde tendo em conta o aumento das habitações no concelho. “ O trânsito é caótico”, afirmou. “Infelizmente a herança é trágica e há muito a corrigir” acusando que a localização do concelho tem sido “aproveitada para negócios privados sem qualquer interesse público prejudicando todos”. 

Sobre uma mudança, Francisco Guerra disse que “não pode ser feita com quem tem cumplicidade com o passado, sabemos todos quem são. Não podemos esperar resultados diferentes com as receitas de sempre”.

O programa eleitoral está a ser construído, mas Francisco Guerra falou de algumas propostas concretas da coligação, com grande foco no Carregado. “No Carregado queremos um Parque Municipal, para as famílias, para lazer, para a cultural e para o desporto. Queremos empenhar-nos na construção de um pavilhão desportivo, piscinas e a tão anunciada e nunca feita ligação ao Tejo”. 

Francisco Guerra realçou o facto de não existir alternância de partido no poder em Alenquer, acrescentando que “o nosso grande adversário tem 50 anos de poder autárquico e está identificado. Nós somos a única e real alternativa com compacidade de transformar e fazer a mudança. O PS não pode continuar a ser a única alternativa ao PS, isto não é a democracia a funcionar”. O discurso do candidato não esqueceu “os mascarados” porque “também há os mascarados, não podemos permitir que aqueles que têm sido o rosto mais visível do PS nos últimos 10 anos se apresentem agora como independentes sendo uma alternativa ao próprio PS”, numa clara alusão à candidatura independente de Tiago Pedro.  

Francisco Guerra pegou nas palavras de João Nicolau e deixou um recado aos socialistas. “O candidato socialista afirmou recentemente que eles valem 10 vezes mais do que nós todos [risos do público]. Eu isso não sei, as eleições são a 12 de outubro e o antigo regime já lá vai e com ele a elaboração e fechos das atas dos resultados eleitorais na véspera das eleições. Só após a votação e montagem dos votos podemos fazer análises e comparações”. “O que sabemos bem são as grandes pressões e intimidações pessoais, nós sabemos do medo que muitos dos nossos candidatos sentem em chegar-se à frente, nós sabemos do receio de muitos em estar aqui hoje ou em manifestarem o seu apoio público. Tudo isto com base em ameaças diretas, indiretas ou em exemplos pessoais concretos do passado”, afirmou. A terminar o discurso falou na coragem que a coligação tem “para afrontar um poder instalado de 50 anos. Nós todos que assumimos o risco , que trocamos o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho transformador para a nossa terra temos de ter seguramente 10 vezes mais coragem do que eles”. 

Conheça os candidatos da coligação TODOS (PSD/CDS-PP/IL/PPM/MPT/Nós, Cidadãos!) às freguesias do concelho: 

União de Freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres – Nelson Carvalho

União de Freguesias de Alenquer – Micael Correia

Freguesia de Carnota – Daniel Costa 

União de Freguesias de Carregado e Cadafais – Marco Coelho 

Freguesia de Meca – Maria Inês 

Freguesia de Olhalvo – Hélder André

União de Freguesias de Ribafria e Pereiro – Marco Lopes 

Freguesia de Ventosa – Raúl Azevedo 

Freguesia Vila Verde dos Francos – Carlos Santos

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