Piso em mau estado preocupa empresários

As más condições das vias de acesso ao Loteamento da Borralha, nas Marés, já provocaram danos em empresas e viaturas. O município vai lançar concurso para requalificação das estradas.

As estradas que servem o Loteamento da Borralha têm causado muita preocupação junto dos vários empresários que ali montaram o seu negócio, e até dos clientes que todos os dias frequentam as instalações.

Nuno Godinho, sócio da empresa Romão e Godinho, LDA, enumera aspetos como “o mau estado da estrada, o pó que levanta e suja muito os carros e os buracos grandes que podem provocar estragos” para descrever os caminhos do Loteamento da Borralha. A empresa de Nuno Godinho escolheu as Marés para instalar o negócio há seis anos e desde essa altura que tem registado “cada vez mais movimento”, o que também provoca mais danos no pavimento.

Também António Manuel, dono da empresa Mármore e Granitos, reivindica melhores condições para as estradas do Loteamento da Borralha. Recentemente, uma das pedras soltas do pavimento atingiu um dos candeeiros das instalações e acabou por parti-lo. “Está cada vez pior. Há pelo menos dez anos que a estrada tem buracos e está em estado de declínio. Nunca vi ninguém a fazer manutenção nem à estrada nem aos passeios. Nós acabamos por já nem pintar os muros, porque já está tudo com tão mau aspeto que nem dá gosto pintar. Todos os clientes se queixam”, desabafa António Manuel.

Também os clientes de Jorge Marques, proprietário da empresa Fernando Carvalho Marques, se têm queixado. A empresa de pintura e bate-chapa recebe todo o tipo de veículos e também depende das boas condições das estradas. “Os camiões às vezes não conseguem subir e começam a patinar, é perigoso e inclusive já tive de ir ajudar a empurrar um carro, não subia mais porque tinha um buraco enorme. Alguns carros também chegaram a bater com o pára-choques”, relata.

Jorge Marques garante que já tentou contactar o Município de Alenquer para resolver o problema. “Já estiveram aqui uns senhores da Câmara Municipal a tirar fotos ao local, mas ninguém resolve nada. Prometeram que seria no ano seguinte, mas já passaram dois ou três anos”.

Numa tentativa de atenuar o problema, um dos clientes de Jorge Marques forneceu um material composto por terra e pequenas pedras que foi colocado nas estradas para preencher a maior parte dos buracos.

Uma solução que foi aplaudida pelos restantes empresários da zona, mas que com o inverno pode causar mais problemas devido à lama trazida pelas chuvas. “Espero que a câmara olhe para nós porque temos sido um bocado esquecidos. Se a estrada não estiver em condições, os clientes também não vêm cá. Recebo muitas reclamações”, sublinha Jorge Marques.

Câmara garante que resolução do problema é prioridade

Em declarações ao jornal Nova Verdade, o vereador Tiago Pedro, responsável pelo pelouro das Obras Públicas, garante que “ a Câmara Municipal tem conhecimento do estado crítico em que se encontram as estradas que servem o loteamento da Borralha e dos constrangimentos que isso traz à atividade dos agentes económicos que ali se encontram, na medida em que torna o acesso viário às empresas ali fixadas menos confortável do que seria desejável”.

O vereador admite que a estrada não foi construída com as técnicas necessárias para suportar o peso dos veículos pesados que ali passam diariamente.


Tiago Pedro assegura que “foi atribuída prioridade a esta intervenção”, recordando que esta empreitada “era para ter sido realizada mais cedo durante este ano, mas não foi possível devido a questões orçamentais”.

O vereador adianta ainda que a Câmara Municipal de Alenquer está “em condições de proceder ao lançamento da empreitada, que vai contemplar a renovação de todas as vias que compõem a urbanização industrial, desde faixas de rodagem, lancis, pavês em passeios e sinalética vertical e horizontal”. “As vias automóveis e pedonais foram perfiladas novamente, de modo a que seja mais fácil a circulação de viaturas pesadas e de peões dentro da urbanização industrial.

Esta reforma pretende naturalmente prolongar a longevidade desta infraestrutura, bem como ver reduzida a necessidade de manutenção da mesma”, acrescenta. A empreitada vai representar um investimento de aproximadamente 60 mil euros para o município.

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