O piloto de Alenquer liderou a corrida desde a primeira passagem e manteve o domínio até ao final, mesmo quando a chuva na última tentativa dificultou a melhoria de tempos. “Correu tudo bem, liderei a prova desde a primeira até à última passagem. Começou a chover e ninguém conseguiu melhorar os resultados. Ganhar assim, a fechar o campeonato, é sempre o melhor cenário”, afirmou.
O piloto chegou à última etapa com seis pontos de vantagem sobre o rival direto, Henrique Borges, margem que poderia desparecer com um resultado menos positivo. A vitória no distrito da Guarda acabou por elevar a diferença final para 11 pontos.
A temporada de 2025 revelou-se a mais consistente e bem-sucedida da carreira do jovem piloto, que venceu cinco das dez provas pontuáveis do campeonato. “Foi o primeiro ano em que comecei a ganhar provas no campeonato nacional. Venci cinco das dez provas e estive sempre no pódio. Mesmo que não tivesse sido campeão, já teria sido um ano muito positivo”, sublinhou.
O campeonato contou com 11 provas, em que os pilotos podiam descartar um dos resultados. No entanto, a etapa de Figueira de Castelo Rodrigo foi anulada pelos próprios pilotos, que decidiram não competir em protesto contra a organização. Apesar de alguns episódios que, segundo Aguiar, “tiraram algum brilho à competição”, o piloto salientou que nada apaga o trabalho da época. “Houve coisas que não deviam ter acontecido, a nível de pilotos, de organizações e até da própria federação, mas conseguimos ir contra tudo e contra todos e trouxemos o título para Alenquer”.
Numa grande mudança de paradigma, entre um ano sem vitórias e outro onde os triunfos se repetiram diversas vezes, o piloto identificou a confiança como o elemento decisivo que marcou a viragem no seu desempenho. Depois de um ano sem vitórias, tudo mudou na Chamusca, onde triunfou pela primeira vez. “A partir daí ganhei quatro provas seguidas. Quando não estamos confiantes arranjamos desculpas para tudo: o carro, os pneus, o traçado. Quando comecei a acreditar e a estar mais confiante, tudo começou a sair naturalmente”, recordou.
Com o título alcançado, Filipe Aguiar prepara um novo rumo na carreira desportiva, onde pretende entrar numa fase exploratória para conhecer outros tipos de competição no desporto motorizado.
Embora não abandone totalmente as perícias, quer reduzir a participação na modalidade e apostar nas rampas e no rali, após a aquisição de um Peugeot 106, um novo veiculo destinado a estas competições. “Já estava a começar a ir às perícias mais por obrigação do que por prazer. E quando assim é, temos de experimentar coisas novas. Quero fazer algumas perícias, especialmente em casa, mas sem campeonato. O objetivo é adaptar-me às rampas e aos ralis de estrada. É a nossa ambição”, revelou.
Ao titulo de Campeão Nacional Absoluto alcançado esta época, o piloto de Alenquer junta os troféus Challenge e o Troféu de Perícias do Slalom Clube de Portugal.