O Centro Cultural de Samora Correia foi o palco escolhido para receber o Concerto de de Gala da SUMA este ano. Foi a primeira vez que a banda realizou este evento fora do concelho de Alenquer, e a sala encheu para assistir a mais um espetáculo da Sociedade União Musical Alenquerense. Também pela primeira vez, o concerto foi transmitido pela Voz de Alenquer, em direto na emissão em FM e online.
Em declarações à Voz de Alenquer no fim da atuação, João Raquel, maestro da SUMA, admitiu que “este é um momento sempre especial, é um concerto diferente, onde gostamos de nos desafiar”. O maestro revelou que este ano o desafio foi “enorme”, porque havia obras complexas. “Andamos desde junho a ler o repertório. Tenho um grupo de músicos fantásticos, que aceita bem as minhas ideias”, confessou João Raquel. Atualmente, a SUMA tem cerca de 70 músicos e, em concerto, estrearam-se sete novos elementos. “Para a SUMA este é um momento histórico”, partilhou João Raquel, que recordou que este Concerto de Gala foi criado há 25 anos também para “que as classes políticas percebessem que era necessário um auditório no concelho de Alenquer para que existissem mais condições para fazer este género de iniciativas”.
O Concerto de Gala deste ano foi construído pela Inteligência Artificial. A partir de uma obra sugerida, a banda pediu ao ChatGPT que sugerisse textos e outras obras sob o tema “Mar”. O espetáculo contou com a narração de Álvaro Santos Gomes, a participação especial do pianista Gerardo Rodrigues e de António Passão, que interpretou o Fado de Alenquer.
No final do concerto, em declarações à Voz de Alenquer, Abel Pereira, presidente da SUMA, visivelmente feliz, agradeceu à Voz de Alenquer o desafio de transmitir o concerto em direto. Sobre o espetáculo, disse ter sido “um orgulho” e recordou que a SUMA “é uma grande casa e uma grande família”. O presidente deixou ainda uma mensagem à classe política: “Quando pedimos um auditório em Alenquer é para toda a Cultura de Alenquer. E isso é que é de realçar. Este concerto foi concebido com essa intenção há 25 anos atrás. Este deve ser um assunto em cima da mesa; acreditamos que este novo executivo vai tentar pô-lo em prática. Sabemos que não é uma promessa para amanhã. Com este concerto nesta casa, percebemos que é uma lacuna em Alenquer [a falta de um auditório]”.