Associação de Diabéticos vai tratar doentes no concelho

A propósito da nova equipa e do novo plano de ação da Associação de Diabéticos do Concelho de Alenquer, a Voz de Alenquer falou com José Lança, presidente da direção da ADCA.

José Lança é o novo presidente da direção da Associação de Diabéticos do Concelho de Alenquer (ADCA) e traçou, em entrevista à Voz de Alenquer, o ponto de situação atual da associação e os objetivos para o futuro, deixando o convite a todos os que pretenderem contribuir e cooperar.

De acordo com o presidente da direção da ADCA, “a diabetes atinge cerca de 10% da população em Portugal e no mundo. Isto quer dizer que em Portugal, deve haver cerca de um milhão de doentes e que no concelho de Alenquer, se assumirmos que Alenquer tem cerca de 45 mil pessoas, cerca de 4.500 pessoas têm diabetes ou predisposição para a diabetes”, tendo sido essa uma das motivações para o surgimento da ADCA: “promover a saúde, a informação e a deteção de pessoas com diabetes”.

Prestes a comemorar 19 anos, a ADCA, que surgiu em 2006, e apesar da renovação, mantém nos seus órgãos membros fundadores, como Ludovina Simões e José Manuel Inácio, que, nas palavras de José Lança, “sempre têm acompanhado a associação e continuam a fazer parte dos corpos sociais, um deles no conselho fiscal e outro na mesa administrativa”.

Recentemente, em colaboração com a Câmara Municipal de Alenquer, a Associação de Diabéticos de Alenquer abriu as portas de uma nova casa, numa zona de fácil acesso para sócios e beneficiários de eventuais tratamentos, perto do Museu João Mário. Estas novas condições vão permitir “prestar um serviço aos sócios”, após dotação das instalações com os equipamentos necessários, incluindo cadeiras especiais para tratamento e outros equipamentos médicos, para José Lança, “tudo o que seja necessário para poder prestar serviços médicos à população afetada por esta doença”, o que inclui “uma equipa de médicos, enfermeiros e pessoas administrativas”.

Benefícios para associados:

Atualmente, a associação tem cerca de 250 sócios, com previsão de expansão, como consequência da prestação do novo serviço de tratamento e da modernização em termos de parcerias e sítio web, para uma maior disponibilidade de informação. Ainda assim, o presidente deixou a nota de que “a associação está aberta a todas as pessoas que pretendam ajudar. Neste âmbito, a Associação de Diabéticos do Concelho de Alenquer conta com o apoio dos sócios, mas também de entidades e empresas que possibilitem a prestação de um maior e melhor serviço à população do concelho e da região.

As parcerias desempenham um papel importante, nomeadamente ao nível das instalações: “fizemos já um acordo com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que vai potenciar muito as nossas instalações. O acordo funciona como se fossemos uma extensão da própria associação, o que vai fazer com que todas as pessoas que precisam de tratamento evitem ir a Lisboa e possam fazer o tratamento nas nossas instalações”, explicou José Lança, acrescentado
que “vamos ter um enfermeiro da própria APDP”, que vai prestar um serviço acordado para começar no início de junho. A prestação do referido serviço será implementada “de forma progressiva”, à medida que haja informação e calendarização do número de pessoas e de pedidos de tratamento. A grande novidade passa pela nova localização e pela facilidade de acesso ao tratamento por parte dos sócios residentes no concelho.

A terminar a entrevista, José Lança abordou a questão dos benefícios da ADCA para associados, sublinhando que “é importante as pessoas perceberem que, para ser sócio, não se paga nenhuma fortuna. Às vezes as pessoas pensam que vão gastar muito dinheiro, mas não. O valor da cota mínima é de um euro por mês. 12 euros por ano”, esclareceu. “O conjunto de benefícios que nós concedemos aos nossos sócios rapidamente amortiza esse valor, porque conseguimos, em termos de consultas, até 20% de desconto. Em termos de exames, até 15% de desconto. Nas termas, temos até 25% de desconto, e nos medicamentos temos 5% de desconto. Penso que só nos medicamentos, com os 5%, pagamos logo a cota”, disse.

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