Professores manifestam-se em Alenquer

Professores exigem melhores condições e a valorização da profissão.

Os professores da Escola Básica 2,3 Pêro de Alenquer estiveram ontem em manifestação em frente aos portões do estabelecimento escolar. O sistema de colocação de docentes, a progressão das carreiras e a degradação dos espaços são alvos de críticas.

A manifestação acontece no seguimento da paralisação, do final da semana passada, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP). Em causa estão as propostas de modelo de concurso de colocação de docentes.

A greve dá-se em momento de negociações entre o Governo e os sindicatos, com a exigência do STOP da contabilização integral do tempo de serviço e a possibilidade de um professor se reformar após 36 anos de serviço.

“Nós estamos aqui hoje devido ao desrespeito que a tutela e este governo têm tido, desde que fomos congelados até agora”, critica António Caeiro, professor, há 27 anos de Educação Visual e Tecnológica (EVT), na Escola Básica de Alenquer.

Em declarações à Rádio Voz de Alenquer, António criticou o sistema de colocação de docentes, a falta de progressão de carreiras e a degradação do espaço escolar, realçando a precariedade das condições de trabalho.

No que toca aos encarregados de educação, o professor de EVT afirma que “o que transparece é que nos têm apoiado. Todos os dias trazem os educandos à escola, vão às reuniões e falam com os encarregados de educação, eles têm presente todas estas situações”.

Ao abordar a paralisação iniciada pelo STOP, António garante ver o impacto causado, principalmente, nos colegas de profissão, ao refletir sobre as inúmeras escolas fechadas ou parcialmente fechadas.

“A maior diferença desta greve é que decidimos vir para a porta da escola. Nós estamos em greve, mas estamos no local de trabalho a reivindicar todas aquelas questões. Os encarregados de educação e quem passa nota que há um protesto, um descontentamento, o impacto é mais forte e a mensagem passa de forma mais eficaz”, anuiu o docente.

A paralisação iniciada pelo STOP tem final previsto na sexta-feira, dia 16 de dezembro.

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