Pedro Gonçalves e a saída do Alenquer e Benfica: “Foi uma decisão da direção”

Pedro Gonçalves cumpriu este sábado o último jogo no comando da equipa de hóquei em patins do Sport Alenquer e Benfica.

A formação alenquerense deslocou-se ao Seixal para defrontar o Criar T, numa partida que terminou com a derrota dos visitantes por 8-4, naquele que viria a ser o ultimo encontro orientado pelo treinador. No final do jogo, em declarações à Voz de Alenquer, Pedro Gonçalves explicou que o processo que conduziu à sua saída começou há cerca de duas semanas, depois do encontro nos Açores frente ao Candelária.

O técnico esclareceu que a decisão não foi sua e que tanto ele como o treinador adjunto Bernardo Santos “colocaram o lugar à disposição a seguir ao jogo com o Tigres”, sublinhando que nesse mesmo dia transmitiram à direção que a intenção não era abandonar o clube. “Não estávamos a forçar sair de parte nenhuma, como já se diz por aí. Não tínhamos vontade de sair. Tínhamos energia e pensávamos fazer parte da solução. E mesmo que fosse hoje, diríamos a mesma coisa”, afirmou.

Acrescentou ainda que a decisão de colocar o lugar à disposição surgiu “perante alguns sinais no Candelária e em casa com o Tigres, semelhantes à época passada”, e que a intenção foi “abanar as águas, para o lado da direção e para o lado dos jogadores”.

De acordo com o antigo treinador, após esta tomada de posição, a direção ouviu o plantel, que transmitiu não considerar que o problema estivesse na equipa técnica. Ainda assim, a direção decidiu, na passada quinta-feira, terminar a ligação com Pedro Gonçalves.

O treinador considerou a decisão legítima, lamentando apenas a forma como o processo se arrastou ao longo da semana. “Não foi bom nós estarmos a ir todos os dias treinar e preparar o jogo sem saber o dia da manhã. Mas fizemos o nosso trabalho, nós e a equipa preparámos o jogo como preparamos qualquer outro. Treinámos, o presidente comunicou-me quinta-feira que eu não seria mais treinador do Alenquer a partir de segunda-feira. Se calhar outra equipa técnica qualquer dizia ‘então é já’. Mas eu não iria abandonar nem o Alenquer, nem o presidente, nem os jogadores”, afirmou.

Visivelmente emocionado, Pedro Gonçalves deixou ainda palavras de agradecimento à direção, ao clube e aos jogadores, recordando o percurso vivido em Alenquer. “O que fica são dois anos e quase meio de um trabalho em que a direção sempre apoiou. Foi a primeira vez que a direção pôs em causa a nossa continuidade. Até em momentos bem mais negativos do que este a direção sempre nos apoiou e sempre nos deu força. E acima de tudo fomos uns apaixonados pelo trabalho com estes jogadores”, declarou.

O técnico disse sair de “coração apertado”, mas orgulhoso do trabalho realizado. “Saio orgulhoso do que fizemos, com consciência tranquila e acredito que esta equipa pode dar mais e espero que o próximo treinador consiga realmente tirar mais desta equipa, que nós neste momento não estávamos a conseguir, pelos vistos. Espero sinceramente que isso possa ser uma realidade. Um abraço à Rádio Voz de Alenquer” e a todos os alenquerenses. Foi um verdadeiro prazer”.

Pedro Gonçalves encerra um ciclo de dois anos e quatro meses à frente do Sport Alenquer e Benfica.

Entretanto, a Voz de Alenquer sabe que o treino desta segunda-feira à noite, já será orientado pelo novo treinador.

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