Ministra da Saúde reúne terça-feira com autarcas sobre futuro do Hospital de Vila Franca de Xira

Em causa estão os constrangimentos no funcionamento do hospital, nomeadamente os encerramentos da urgência de obstetrícia ao fim de semana, que levantam receios de um eventual fecho da maternidade e de outras valências.

Em declarações à Voz de Alenquer, o presidente da autarquia alenquerense, Pedro Folgado recordou o caso da mulher que deu à luz no Carregado e que levantou algumas preocupações no que diz respeito a fragilidade dos serviços de saúde na região. O presidente destacou ainda a falta de médicos de família no concelho, que sobrecarrega as dificuldades sentidas no Hospital.

“No Carregado não temos médicos de família. Temos consultas, mas não médicos de família atribuídos aos utentes. Para nós, o hospital é muito importante em termos de resposta à saúde. Se não respondem os centros de saúde e também o hospital não responde, então não sei onde é que isto vai parar”, afirmou.

O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, disse à Renascença temer que a redução da atividade seja “o prenúncio de um fecho definitivo”. “O que esperamos é que, por trás destes encerramentos aos fins de semana, não esteja uma vontade do Governo de encerrar a maternidade do hospital, porque com menos partos começa depois a entrar no processo de acharem que a maternidade não tem o número de partos suficientes”, destacou.

A Voz de Alenquer sabe que o município estará representado na reunião pelo vereador Paulo Franco, responsável pelo pelouro da saúde.

A pressão dos autarcas intensificou-se esta semana, com o envio de uma nova carta à ministra a insistir na realização urgente do encontro. No total, os cinco concelhos abrangidos pelo hospital representam cerca de 250 mil habitantes, motivo pelo qual os eleitos locais exigem garantias sobre a manutenção e reforço da resposta hospitalar.