Alambi apresenta propostas aos candidatos à Câmara Municipal de Alenquer

Alenquer é um dos municípios da Região Oeste mais vulneráveis às alterações climáticas. O alerta é da Alambi, que apresentou um conjunto de propostas aos candidatos à Câmara Municipal, com o objetivo de promover um concelho mais sustentável.

O município de Alenquer dispõe de um Plano de Adaptação em função das alterações climáticas, no entanto, “sabe-se que Alenquer será um dos dois municípios da Região Oeste mais afetados pela evolução climática em curso”. O alerta é deixado pela Alambi – Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer que deu a conhecer aos candidatos à câmara municipal, no contexto das Eleições Autárquicas deste ano, algumas “propostas ambientais centradas na atualidade, com as quais pretende contribuir para a construção de um município mais sustentável”, lê-se no comunicado enviado à redação da Voz de Alenquer.

“Difundir a informação e educar o público” é o primeiro passo que a associação propõe para atingir o objetivo, defendendo que “não é possível evoluir sem a participação ativa do público.”

É alertado pela Alambi que “o concelho ocupou sempre os últimos lugares no esforço de reciclagem efetuado pelos municípios servidos pelo subsistema do Aterro Sanitário do Oeste”. Para inverter esta tendência, defendem que é necessário melhorar o sistema de recolha seletiva de resíduos. Como possíveis soluções para este problema, apresentam algumas propostas, entre elas: a criação de pelo menos um ecocentro em cada freguesia e de um sistema de recolha de resíduos de construção e a demolição gerada em pequenas obras não sujeitas a licenciamento municipal.

Outra prioridade é repensar a mobilidade. A associação critica o facto de as políticas locais privilegiarem “o automóvel particular em detrimento de outros modos de mobilidade”. Entre as propostas, está a criação de ciclovias e passeios pedonais nos centros urbanos, para “responder às necessidades quotidianas de mobilidade” da população.

“Quando se reabilitam estradas, constroem-se valetas em betão nas bermas, em vez de passeios, sendo atribuída maior importância ao escoamento da água da chuva do que à segurança e comodidade dos peões. Caminhar nas bermas de certas estradas, tornou-se numa atividade de alto risco, muitas vezes por dentro de valetas, com rails de um lado e automóveis e camiões do outro”, alerta a associação.

A recuperação e requalificação das pedreiras é igualmente apontada como uma prioridade, visando reduzir impactos ambientais, prevenir riscos de segurança e devolver valor paisagístico às áreas afetadas.

Para a associação, a única estação de monitorização atualmente prevista é insuficiente e reconhece que “as Câmaras Municipais têm competências na fiscalização desta atividade, e são cúmplices da degradação a que se chegou.”

Entre as preocupações levantadas, destaca-se ainda o apelo ao fim do uso de herbicidas no meio urbano e a gestão da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto, que, segundo a entidade, carece de um plano específico que “deveria ter sido elaborado até 2002, e não foi”.

As propostas foram apresentadas no contexto das Eleições Autárquicas, com o objetivo de dar a conhecer as prioridades ambientais da associação e contribuir para o debate sobre o futuro do concelho.

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