Desde 7 de julho está em consulta pública o projeto que prevê a ampliação do Aterro de Resíduos Não Perigosos, localizado no Lugar Porto dos Touros, na freguesia de Ota.
No documento de apresentação do projeto a que o jornal Nova Verdade teve acesso, a Proresi, empresa responsável pelo local, refere que pretende “construir a 3ª fase do aterro de resíduos não perigosos, cuja volumetria atualmente licenciada é de 366 666,67 m3, para uma volumetria de 619 470 m3, correspondente a 715 832 T”.
Esta ampliação iria permitir prolongar a vida útil do aterro por mais 14 anos, “tendo em conta a receção média de 80 000 t/ano de resíduos, o que corresponde ao encerramento em 2035”. O projeto em consulta pública prevê ainda a construção de “mais uma lagoa de lixiviados com capacidade para um volume útil aproximado a 3 100 m3”.

Em entrevista ao jornal Nova Verdade, Diogo Carvalho, Presidente da Junta de Freguesia de Ota, admitiu ter ficado surpreendido com os números apresentados pela Proresi.
“Já estávamos à espera desta terceira fase porque estava prevista no projeto inicial, mas o que não estávamos a contar era com uma ampliação com um aumento da capacidade como aquela que foi pedida agora”, confessa.
Junta de Freguesia luta contra impactos do aterro
Ao longo dos últimos anos, o aterro de Ota tem motivado várias queixas por parte da população. O mau cheiro que chega até às aldeias vizinhas é um dos principais motivos que causa descontentamento entre quem reside na zona.
Em declarações ao jornal Nova Verdade, o vereador Paulo Franco, responsável pelo pelouro do Ambiente, avançou que está a ser construída uma estação de biogás para minimizar o cheiro.
“Nós temos insistido nessa preocupação e eles têm encetado um conjunto de situações de modo a mitigar o mau cheiro, nomeadamente a construção de uma estação de biogás que vai fazer a diminuição dos odores que a população da freguesia de Ota e daquelas aldeias mais próximas deste aterro sentem com a existência desta estrutura”, frisa Paulo Franco.
Já Diogo Carvalho sublinha que a situação “não resolve o problema por inteiro” porque “não vai tirar o cheiro por completo, continuarão lagoas a céu aberto e isso deita um cheiro horrível, além de que continuam a passar inúmeros camiões carregados com resíduos na freguesia, pelo meio da população”. Nesse sentido, o Presidente da Junta de Freguesia de Ota afirma que está também “a tentar reduzir o impacto da movimentação de veículos dentro da freguesia”.
Pode ler a reportagem completa na mais recente edição do jornal Nova Verdade que vai para as bancas esta segunda-feira, 1 de Agosto.