Padre acusado de retirar dinheiro ao Instituto da Sãozinha

Casos terão acontecido entre 2007 e 2016 e dizem respeito a mais quatro instituições.

A justiça está a investigar o padre Arsénio Isidoro por suspeitas de ter desviado cerca de 800 mil euros de várias instituições particulares de solidariedade social, incluindo o Instituto de Beneficência Maria da Conceição Ferrão Pimentel (Sãozinha), em Abrigada. O montante desviado era usado para despesas de luxo como carros e casas. 

A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias, que dá conta que o padre tinha como cúmplice uma gestora que nomeava como tesoureira ou administrativa ligada às contas nestas instituições, enquanto este ocupava o lugar de presidente. 

O Ministério Público (MP) diz que, entre 2007 e 2016, os dois arguidos terão aproveitado os cargos e acesso às contas bancárias para chegarem ao dinheiro das IPSS’s. Para além da Instituição da Sãozinha, em Abrigada, o Padre Arsénio Isidoro assumiu a presidência da Associação Protetora Florinhas da Rua, o Centro Comunitário e a Fábrica da Igreja da Paróquia de Ramada e a Associação Liga à Vida.

Em declarações ao jornal Nova Verdade, João Rocha, diretor do Instituto da Sãozinha, recorda que quando chegou à direção, logo após a saída do Padre Arsénio Isidoro, a instituição apresentava “grandes dívidas aos fornecedores e empréstimos que ficaram por pagar”, que a atual administração tem liquidado ao longo dos últimos sete anos. 

Os dois arguidos, que alegadamente mantinham uma relação, segundo o Ministério Público, vão ser julgados em breve no Tribunal de Loures por abuso de confiança e branqueamento de capitais.

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